Longe de se ter dissipado, o Obamismo impregnou os salões de Oslo. O Nobel da Paz ganhou hoje um novo sentido e um significado diferente: premeia por antecipação e pelas expectativas criadas, com alguma futurologia à mistura, e já não por uma carreira com resultados e mérito, obedecendo à ideia original de Alfred Nobel. Por outras palavras: um risco elevadíssimo ditado pelas tendências do momento.
Obama pode muito bem deixar uma obra notável e um grande contributo para resolver sérias ameaças à paz, mas antes disso conviria que acabassem com a sua santificação em vida. Esta atribuição do Nobel da Paz está entre o patético, o idealista e o provocatório. E não contribui muito para credibilizar o comité decisório.
Nenhum comentário:
Postar um comentário