À hora a que escrevo, há apenas uma certeza, que de resto era tão previsível como os impostos: Gordon Brown está já a arrumar os tarecos de Downing Street para dar lugar a David Cameron. Não conseguiu segurar o desgaste do Labour nem a herança de Blair. Treze anos depois deste ter iniciado a fecundo período de governação do New Labour, os conservadores regressam ao poder, ainda que reciclados do thatcherismo. Para isso precisaram de queimar três líderes distintos mas sem carisma, até ao novato, etonian e apreciador dos Smiths Cameron, um compassive conservative, segundo o próprio. Resta agora saber com que maioria vão os tories ficar (ao que tudo indica, não é absoluta), e qual o peso político dos liberais-Democratas, da nova estrela política na Grã-Bretanha, Nick Clegg, mas do partido laranja falarei mais tarde.
E, claro, saber o que vai fazer agora Gordon Brown.
Aconselhável também este artigo de Francisco Mendes da Silva, no 31 da Armada, que contextualiza o blairismo. Não estou necessariamente de acordo com todas as suas premissas e conclusões, mas é interessante, porque ajuda a perceber a época em que o New Labour vingou, entre a Britpop e um novo cosmopolitismo londrino.
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