segunda-feira, maio 17, 2010

Uma semana de acontecimentos raros

 
Chega ao fim uma semana estafante mas memorável. Dificilmente verei outra em que possa comemorar um título do Benfica e ver o Papa em Portugal, no espaço de dois dias.
Há uma semana, consegui ver o epicentro dos festejos do título (como de certa forma já vira há cinco anos, no Bessa, no jogo que devolveu o título 11 anos depois) no Marquês de Pombal. Era verdadeiramente alucinante o ambiente que lá se vivia à chegada dos campeões nacionais. O autocarro que levava os jogadores do Benfica no topo parecia uma barca a vogar no meio do oceano, tal era o mar de gente que o rodeava. Pude vê-los de perto quando entraram na Avenida da Liberdade e constatei que os mais eufóricos eram os mais velhos: bastava olhar para a cara extasiada de Rui Costa, ou Jorge Jesus empunhando uma bandeira às riscas vermelhas e brancas, que mais parecia o logótipo da Olá.
Na Terça, vi o Papa duas vezes, de manhã, sem contar, com a ocasião. De tarde avistei-o já mais longe, rezando missa. Não tanta gente como na festa do Benfica, mas ainda assim uma multidão considerável. Se no Domingo havia euforia e vermelho por toda a parte, aqui o ambiente era suave, harmonioso, com o azul e o amarelo a predominarem. A diferença de tons das duas celebrações fazia parecer que se tinha passado do inferno (mas sem monstros) ao céu.
Melhor só mesmo se tivesse podido ir aos Aliados, na celebração que houve no Porto. Mas seria pedir demais. A onda benfiquista e a oportunidade de assistir a uma missa rezada pelo Sumo Pontífice ao ar livre já foram dádivas preciosas em tão curto espaço de tempo.

Um comentário:

Zé Maria disse...

o Papa deve voltar daqui por 7 anos para a celebração dos 100 anos das aparições.... já o benfique és capaz de ter que esperar mais uns anitos!