segunda-feira, janeiro 12, 2009

Neve


Sexta e Sábado a frente polar que também arranhou Portugal deixou a sua marca. Há vinte anos que não se via nevar tanto. Ver o Minho urbano coberto de neve é coisa rara. Há dias dizia-me uma amiga de Lamego que na sua cidade era raro nevar, por causa da humidade das barragens. Ei-los servidos com neve que cortou as estradas da região e deixou automobilistas à beira de um ataque de nervos. Trás-os-Montes esteve inacessível, com o corte da A4 desde quase Valongo, e até no Porto se viram uns flocos, coisa que da última vez que passou pela cidade ainda eu andava na escola.

Não apanhei ponta de branco até Sábado, onde ao passar em Valongo ainda se viam camadas nas bermas e nas encostas, onde o sol menos batia. Também ontem, já a noite tinha caído, mas deu para perceber que o cimo da Serra de Aire e Candeeiros estava branco.

Claro que à parte ser muito bonito (e quem sempre viveu em ambientes sem neve no Inverno não pode deixar de ficar encantado), causou engulhos terríveis nas estradas e não só. Tinha uma pessoa próxima no hospital em Vila Real e de forma alguma podia lá chegar. Tios meus demoraram seis horas a atravessar o Marão. Pobres dos motoristas e dos condutores que passaram a noite na estrada. Ficou a beleza da neve, a consolar quem com ela teve problemas. Os outros limitaram-se a sentir o frio. E houve quem juntasse o útil ao agradável. Sorte a deles.

                                           
                                                  Braga

                                        Barcelos, Igreja do Bom Jesus da Cruz. E pensar que em
                                               Julho aguentei aí um calor tórrido e gotejante.

Nota: as imagens de cima são retirados do álbum de fotos do IOL Diário. Aos autores, o meu obrigado e espero que não se importem que eu coloque aqui as suas fotografias.

3 comentários:

Nuno Castelo-Branco disse...

E eu que que jamais vi neve!

Anônimo disse...

Com que então tens amigas em Lamego, pequeno nalgas. Pelos menos fazem companhias às meninas de odivelas...

João Pedro disse...

Não conheço ninguém em Odivelas, por isso esse comentário deve ser dirigido para outré,

A sério, Nuno? Para quem se habituou aos trópicos, deve ser ainda mais irreal ver estes cnários brancos.