President Obama and Secretary of State Rodham Clinton
Não pude ver a tomada de posse de Barack Obama, o seu discurso e a enorme multidão que assistiu à cerimónia, no frio de Washington. Para alguma coisa me há de servir o Youtube. Noto apenas que toda a cobertura mediática é proporcional ao entusiasmo que o novo presidente americano despertou nos últimos meses. O seu carisma e vontade de mudança são razões plausíveis, mas o facto simbólico de não ser branco também ajuda e muito. O grande problema será estar à altura das enormíssimas expectativas que criou, ora pela desastrada comissão de Bush, ora pelo discurso renovador que trouxe à política americana, ou ainda pelos exageros do costume, aos quais Obama é alheio. Certo é que não começou a chover mel e que daqui a uns tempos começará a colher ódios (aliás já começou). A decisão primeira de começar a fechar Guntánamo é de louvar, mas bem maiores serão os problemas a partir daqui.
Fico também com curiosidade de ver o papel espinhoso de Hillary Clinton como Secretária de Estado, como sucessora de Condoleeza Rice (e de outra democrata que decerto conheceu bem, Madeleine Albright). Há um ano, é bom recordá-lo, quase todos a viam como futura chefe de estado americana. Não conseguiu atingir esse objectivo que durante anos almejou, mas responsabilidades não lhe faltam. Falhada a presidência, Hillary não deixará de tentar deixar a sua marca na história noutras funções.
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