segunda-feira, agosto 28, 2006

A Âncora da Nova Democracia

Enquanto escrevia o post anterior, num posto dos correios de Vila Praia de Âncora, ouvia nas ruas um carro de som com música do mais conhecido filho da terra, Quim Barreiros, entrecortada com aquilo que parecia ser apelos para um comício político. Já lá fora, avistei a dita viatura com uma bandeira que me pareceu ser da CDU. Pensei logo que fosse para a Festa do Avante. Só depois me dei conta de que se tratava da ...Nova Democracia. Confirmei escassos minutos depois, ao abrir o Expresso, que acrescentava que a rentrée do movimento de Manuel Monteiro teria lugar num comício da localidade, para a presentação de um tal "Manifesto da Direita".
Lamentavelmente, perdi a oportunidade de assistir ao "primeiro comício da história do PND".Conservei-me em Moledo, e só voltei a ter ecos do evento no dia seguinte, por comentários de amigos que tinham passado em Âncora, de breves notícias nos jornais, que registavam as dificuldades burocráticas para a sua realização, e na prosa verrinosa de Vasco Pulido Valente, que chamou "maluquinho" a Monteiro (também dissertou sobre os monárquicos, mas sobre isso não me pronuncio) e ao seu projecto. Não querendo ir tão longe, até porque não sou tão sibilino quanto Valente, acho que o comício seria ao menos pitoresco, tendo em conta que parte da assistência estava nas esplanadas, pelo que lamento não ter aparecido para algumas impressões ao vivo de mais uma manifestação da "nova (?) direita". Mas concordo plenamente com o historiador, de quem acabo de ler a biografia de Paiva Couceiro, num ponto importante: come-se realmente bem em Âncora.

2 comentários:

Anônimo disse...

Mas então em que ficamos? Não ha opiniao sobre os factos relatados/lidos (nova democracia, manuel monteiro,"refundação" da direita portuguesa, monarquia e jogadores de futebol...)??

Só ha tentativas de ironia e jogo de palavras? É isto que o amigo tem para oferecer?

É que além de tudo, parece-me alto demais o pedestal quer de VP Valente quer de JC Espada onde o amigo parece querer colocar-se...

Quer me parecer que o respeitinho nunca fez mal e só fica bem.

Pense nisso, um pouco de humildade e modestia nunca fez mal a ninguem.

Escrever bem, não é só jogar com palavras ou usar esse artifício, por vezes válido, que é a ironia.

Escrever bem é acima de tudo expor boas e fundamentadas ideias.

João Pedro disse...

O que eu aqui faço, ou tenho feito ultimamente, é uma visão descritiva e simples das coisas, talvez algo toldada pela silly-season. É por isso que tenho o blogue, sem qualquer sujeição a temas, ordens ou prazos. Para escrevero que bem entender. Como não conheço o dito Manifesto, obviamente não me posso pronunciar sobre ele.

Em relação aos dois académicos referidos, não me quis guindar a pedestal nenhum, nem lhes faltei ao respeito. Acontece que o "respeitinho" de que fala é sinónimo de temor reverencial, coisa de que sinceramente prescindo. Ou os estudos e a idade tornam as pessoas imunes à crítica?

Apareça sempre, e para a próxima seja mais claro.