quarta-feira, dezembro 31, 2008
terça-feira, dezembro 30, 2008
Cinema 2008
domingo, dezembro 28, 2008
quarta-feira, dezembro 24, 2008
O costume dos protestos gregos
Os distúrbios prosseguem na Grécia. Talvez o Natal consiga aplacar o caos reinante, mas há em terras helenas um rasto de destruição, de feridos, presos e tensão. Para além da morte do manifestante de quinze anos, o detonador de toda esta Intifada à grega, misturam-se os problemas do país, que em grande parte são os do Mundo. Todos têm uma causa para explicar os motins: a crise financeira, o desemprego, a corrupção, a falta de oportunidades, o "autoritarismo" da polícia, etc. Acrescente-se o coração do problema, o bairro ateniense de Exárchia, onde param enxames da extrema-esquerda e de anarquistas, cerne da violência destruidora. É um facto que os ânimos se exaltam com os problemas sociais e económicos actuais, e que prometem aumentar. E nos grandes partidos gregos, sucedem-se, desde antes do regime dos coronéis, os dirigentes das grandes dinastias, como os Papandreou e os Karamanlis, cujo último exemplar preside ao governo grego. O país tem vivido alguns momentos mais duros, como os calamitosos incêndios do ano passado. Nestas condições, um episódio mais grave e a revolta de uns quantos anarquistas podem ser a acendalha para fazer irromper a onda de destruição e protesto que se tem verificado.
Rebellion is deeply embedded in the Greek psyche. The students and school children who are now laying siege to police stations and trying to bring down the government are undergoing a rite of passage.
terça-feira, dezembro 16, 2008
O episódio do sapato atirado por um jornalista a Bush, no Iraque, provocou risos a uns e indignação a outros. Confesso: estou entre os primeiros, coisa que provavelmente faz de mim um perigoso extremista de esquerda, segundo alguns. Antes isso que um tiros ou uma bomba, coisas muito mais em voga naquelas paragens.
sexta-feira, dezembro 12, 2008
quinta-feira, dezembro 11, 2008
Manuel Pateta vem para mim com os seus passinhos de arame. Soergue o boné, os olhos chorosos escorrem aguardente(...)dou-lhe a mala, ele põe-se a andar adiante, dobrado em compasso, como se lhe doesse o ventre, as calças de ganga pelo meio da canela, os pés sem meias em alpercatas brancas".
Virgílio Ferreira, Aparição
Já quase não se vêem carregadores nas estações de comboio. Alguns subsistem, porém, na estação lisboeta de Santa Apolónia. Acorrem aos comboios que param junto às plataformas, oferecendo os seus préstimos a quem chega dos Alfas e dos Intercidades carregado de malas e malões. Não sei exactamente quem lhes paga e que tipo de gorjeta lhes dão, porque nunca usufruí dos seus carrinhos ferrugentos.
terça-feira, dezembro 09, 2008
Novos links para a coluna da direita: entram O Pasquim da Reacção (antes que o Corcunda ma bata), o Ressio, a Esquerda Monárquica, o Risco Contínuo e o Adufe. Sejam bem vindos.
segunda-feira, dezembro 08, 2008
terça-feira, dezembro 02, 2008
segunda-feira, dezembro 01, 2008
Gorky em Capri
Em 2003, nos seus Diários de Paris, Marcello Duarte Mathias escrevia o seguinte:
Folheando uma revista, dou com uma reportagem sobre a ilha de Capri abundantemente ilustrada por várias fotografias de épocas diferentes.
Numa delas, com data de 1908, vê-se Gorky a jogar xadrez com Lenine ao ar livre. A legenda diz: «Partida de xadrez entre dois revolucionários exilados.»
Um mínimo de informação, um naco de fantasia, e há aqui pano para mangas...
Um livro escreve-se sozinho, antes de sermos nós a escrevê-lo.
Ei-lo, saído há pouco do prelo:
Causa-me sempre alguma inveja ver pessoas que levam os seus pequenos projectos até ao fim e os concretizam.
quinta-feira, novembro 27, 2008
O massacre de Bombaim e o síndrome "Luisinha Carneiro"
Chinese Democracy, ou o regresso oficial dos Guns
segunda-feira, novembro 24, 2008
sexta-feira, novembro 21, 2008
sexta-feira, novembro 14, 2008
quarta-feira, novembro 12, 2008
segunda-feira, novembro 10, 2008
Falando em aventureiros árabes, há que relembrar igualmente Wilfred Thesiger, esse incansável caminhante dos desertos, que morreu há escassos cinco anos. Se tivesse ido mais além faria inveja a Corto Maltese. Deixou-nos as suas memórias dessas expedições no livro Pelos Desertos das Arábias (Arabian Sands), em Portugal publicado na Europa-América.
domingo, novembro 09, 2008
sexta-feira, novembro 07, 2008
quarta-feira, novembro 05, 2008
segunda-feira, novembro 03, 2008
* A piada já não é nova e apareceu numa antiga Grande Reportagem
domingo, novembro 02, 2008
Já se tornou quase moda criticar os posts de André Pessoa, mas a verdade é que eles traduzem o que de mais faccioso e exacerbado existe nos redneck portugueses. Desde a colecção de posts sobre " do ódio", até às acusações de que "Obama é a negação da democracia", passando pela "denúncia" de supostas gaffes do candidato que se prova não o serem, mostra-nos que há mais admiradores de Ann Coulter a escrever em português do que eu julgava. Depois, há os inevitáveis comentários, em que alguns anónimos completam a mesma toada com comparações da campanha de Obama com a de Salvador Allende, e até com Hitler (!), afirmações de que o "obamismo" é uma traição à América que só pode ser impedida pela "grande mulher" Sarah Palin, e ainda com acusações de que haverá votos comprados. Desaparecido há alguns dias, o incrível André Pessoa (bastas vezes secundado por Nuno Lobo) brinda-nos no seu último post sobre o assunto com a fantástica ideia que Andrew Sullivan, um dos mais conhecidos bloggers conservadores dos EUA, representa "a loucura da esquerda americana". E mais abaixo deixa-nos outra pérola: "se apoiantes de McCain inventam ataques e precisamente porque o ambiente e de terrivel hostilidade". Estão justificadas todas as invenções possíveis e imaginárias: "um ambiente de terrível hostilidade". Decerto que os comícios onde Sarah Palin acusa Obama de terrorismo e logo surgem alguns apaniguados a gritar "mata", além daqueles que acham que o democrata nem sequer é americano, e que os simples nomes Obama e Hussein o tornam logo num perigoso islamista, não cabem no conceito de hostilidade de Pessoa. Pelo contrário, são plenamente justificadas. O que eu gostava de saber é se algumas invenções da campanha de Bush contra McCain nas primárias de há oito anos também tiveram lugar num "ambiente de terrível hostilidade".
quinta-feira, outubro 30, 2008
É precisamente a "industrialização da cultura" que torna o francês mais rarefeito. Ligado a uma certa ideia de elegância e de allure, nega-se hoje em dia essa língua por não vir acompanhada da desenvoltura fácil do bad english ou do espanhol atamancado, para não falar do "spanglish". À parte epifenómenos culturais como a FNAC, que não exigem qualquer fidelidade linguística, o francês dá-se mal com a massificação e permanece um esteio de selectividade cultural.
segunda-feira, outubro 27, 2008
sexta-feira, outubro 24, 2008
quinta-feira, outubro 23, 2008
terça-feira, outubro 21, 2008
Outra polémica aconteceu quando visitou Saddam Hussein, no Iraque, mostrando-lhe a sua solidariedade quando já se antevia a invasão daquele país. A provocação não deixou os Estados Unidos indiferentes, mas Haider respondeu dizendo inclusivamente que Bush era um criminoso que devia ser julgado em tribunal internacional.
quarta-feira, outubro 15, 2008
Ainda outra coisa: eu farto-me de ouvir dizer que a senhora é "uma brasa", ou "uma lasca" e outros epítetos mais adequados a Deusas do Olimpo. Tudo porque chegou a Dama de Honor num concurso dos anos oitenta para Miss Alasca. Ainda se tratasse de uma Timoshenko, ou de uma Segoléne, ainda concordaria. Está tudo doido, ou só eu é que a acho uma mulher absolutamente vulgar?
domingo, outubro 12, 2008
Toponímia republicana
quarta-feira, outubro 08, 2008
terça-feira, outubro 07, 2008
domingo, outubro 05, 2008
Depois de Paul Newman, outra morte de certa forma anunciada. Digo isto pela evidente debilidade física que Dinis Machado apresentava numa entrevista que deu há coisa de ano e meio ao Público.
Quando se fala neste escritor nado e crescido no Bairro Alto vem logo à memória o inclassificável O que Diz Molero, dos anos setenta. A obra ganhou algum fôlego anos mais tarde numa recriação teatral de José Pedro Gomes e António Feio (brilhantemente interpretada, aliás), a cuja última representação assisti, no Teatro S. João, e onde no fim chamaram ao palco o próprio Dinis Machado. Mas o autor não se ficou por aí. Trabalhou toda a vida como jornalista, desportivo e não só, e sabe-se como o microcosmos do Bairro Alto era em tempos idos o cenário ideal para essa actividade. Escreveu outros livros, entre os quais, por pressões editoriais e necessidades materiais, um punhado de romances policiais, com o pseudónimo Dennis McShade, dos quais se reeditou recentemente, via Público e agora Assírio e Alvim, A Mão Direita do Diabo. Estão já prometido que os outros dois sairão do prelo até ao fim do ano. Sem o saber, a editora estava já a preparar uma futura homenagem a Dinis Machado. Ler os seus policiais noirs será outra boa forma de recordarmos esta riquíssima autor que agora nos deixou.
sábado, outubro 04, 2008
Custou, cansou, mas valeu a pena e o bilhete. Já era tempo. Vinte e dois anos sem eliminar equipas italianas era demais, mas quebrou-se enfim a "maldição". Lembra-me 2005-06, em que exorcizamos consecutivamente Manchester United e Liverpool, outras bêtes noires. Se assim é, que venha o Milan, então.