Uma fotografia que tem tudo a ver com esta semana em que se comemora o Dia do Pai, em que as atenções estão viradas para Belém e em que o país se despediu do poeta Nuno Júdice, que morreu no Domingo: o meu Pai, de costas, cumprimentando o Presidente, vendo-se Nuno Júdice imediatamente à direita, na imagem. Mateus, Setembro de 2019, atribuição do Prémio D. Dinis.
quarta-feira, março 20, 2024
quinta-feira, março 14, 2024
APV
Já se passaram alguns dias, mas até pela altura que era, de Óscares e jogos do Benfica (de fraca memória), é de assinalar a morte de António-Pedro Vasconcelos. Podia-se discordar em muitas opiniões e nem apreciar todos os filmes dele, mas era provavelmente o homem que mais sabia de cinema em Portugal, um grande benfiquista e um literato, que não tinha receio em exprimir as suas opiniões (poucos se lembraram que ele foi dos primeiros a opôr-se ao acordo Ortográfico, para além do mais mediático apelo a que a TAP continuasse pública) nem em defender o cinema para o público ou os clássicos portugueses dos anos 40.
terça-feira, março 05, 2024
Não se brinca com o feminismo
Impressionante. Para comemorar o seu aniversário, o Público convidou, como sempre, uma personalidade de fora para ser director por um dia. E de quem é que se lembrou, para também homenagear as mulheres? Maria Teresa Horta, que é simplesmente a primeira pessoa (e única, que me lembre) que se lembrou de exigir um pedido de desculpas ao suplemente satírico desse jornal à época, o Inimigo Público (hoje está no Expresso), por uma piada satírica que tinha "posto em causa a sua dignidade" e por "liberdade não ser licenciosidade". Pois, e feminismo também não é necessariamente liberdade, pelo exemplo dado por Horta e por algumas discípulas. Aparentemente fizeram as pazes, o que é bonito
sexta-feira, março 01, 2024
Napoleão ou Crimeia?
Em resposta aos avisos de Macron sobre a possibilidade de tropas da NATO poderem combater na Ucrânia, os "aliados" (ou seja, subalternos) de Putin já vieram comparar o presidente francês a Napoleão e recordar a desastrosa campanha da Rússia, de 1812.
Tem-nos surgido muitas vezes, da parte de russos ou de outros sectores putinófilos, a sempiterna chamada de atenção para os efeitos nefastos da invasão de 1812 e da Operação Barbarrosa pela Alemanha, em 1941. Mas a sua noção de história parece ser selectiva, que não vindo de quem vem não espanta. Primeiro porque Macron não propôs nenhuma invasão da Rússia. E depois porque se esquecem de outra campanha, essa desastrosa mas para a Rússia, que foi a Guerra da Crimeia, nos anos 1850, em que a França, o Reino Unido e o Império Otomano - hoje todos membros da NATO - impuseram aos russos uma pesada derrota, a devolução de alguns territórios e o seu enfraquecimento na zona do Mar Negro. Macron saberá certamente porque é que há o Boulevard de Sebastopol ou a zona de Malakoff, em Paris. Bem sei que os tempos são outros, mas isso vale para todos, e se é para fazer comparações históricas, vamos a todas.