Há uma série de anos, no saudoso ano de 2007, teci em sede própria umas breves considerações sobre a natureza do PSD e a confusão ideológica que sempre demonstrou, dando a ideia de que o melhor seria dividir-se, indo a parte (mesmo) social-democrata para o PS, a liberal formaria um novo partido e a mais conservadora ou democrata-cristã fundir-se-ia com o CDS, criando um partido de direita mais sólido semelhante ao PP espanhol, com as devidas adaptações.
Passados estes anos, não vejo grandes saídas para o PS, tirando talvez alguns autarcas, mas mudanças destas há sempre. A constituição de um partido liberal verificou-se, mesmo sem grandes nomes do PSD, ao contrário do que aconteceu com uma nova formação da direita radical, liderado por um ex-militante laranja. Já quanto à parte da fusão com o CDS, inverto o conselho, ou antes, dirijo-o agora ao CDS: se é para a minimização e a depuração das facções que não interessam à liderança de ocasião, mais vale que se separem e que se juntem a outras formações. Sempre ajudaria a clarificar o panorama partidário português, mesmo que à custa de um histórico da democracia portuguesa. Que pode sempre continuar a existir com a dimensão de outro histórico, o MRPP. Quem sabe se um dia não viria a reganhar a relevância que já teve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário