quarta-feira, fevereiro 14, 2007

A tentação da raiva

Falo agora não do referendo que passou, mas das suas reacções. Como se esperava, entre os "vencedores", houve reacções mais moderadas ou racionais. Mas não faltaram igualmente os ajustes de contas, os odiozinhos recalcados a virem à superfície, em suma, tudo aquilo que muitos queriam dizer e não puderam para dar o ar de "moderados". Entre casos mais ou menos graves, dou como exemplo este destapar de irracionalidade, má-fé e triste figura, provavelmente um caso clínico, de uma criatura chamada Carlos Esperança, alguém que vive ainda no tempo de Afonso Costa e que se pudesse correria a incendiar todas as igrejas que encontrasse pelo caminho. Ficou muito claro, através deste post troglodita, quais as reais intenções de alguma dessa gente: "achincalhar a igreja". O que equivale a insultar milhões de portugueses em nome dos seus dogmazinhos das catacumbas. Percebe-se: esta malta sabe que nunca conseguirá subverter a igreja - i.e. acabar com ela - e diverte-se com as vingançazinhas blogoesféricas. Que seja essa a alegria deles, o matchbox para brincar sabendo que nunca terão um em tamanho natural, já que na prática, só mesmo olhando para as litografias da esquecida Iª República.
Adenda: o já célebre editorial do El Pais considera que o CDS é um partido de "ultra-direita", que o Algarve, o Alentejo e a cintura de Setúbal são regiões "avançadas", e que "a voz do Portugal laico e moderno elevou-se sobre o silêncio do país atrasado". É só exemplo das imbecilidades proferidas pelo editorial (e não por qualquer coluna de opinião) de um jornal espanhol "de referência", que assim dá uma imagem deturpada e ideologicamente marcadíssima de Portugal, para quem não conhecer este país. quem não o ficar a conhecer a partir de agora, que o compre. E que leia também este post , antes de tudo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Eu combato a Igreja mas seria incapaz de perseguir os crentes ou de permitir que os perseguissem.

O mesmo não posso dizer da Igreja, de nenhuma Igreja monoteísta.

Basta ver o ódio que os Evangelhos ou o Corão destilam.

E as guerras que Deus promove.

JMM disse...

"Basta ver ódio que os Evangelhos destilam"

Um belo espelho é que o meu amigo tem à sua frente!

JAC disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Gostava de saber onde é que vê o ódio destilado pelos Evangelhos. Talvez porque nunca os tenha lido. Ou que tipo de perseguição é que a Igreja, ao menos a portuguesa, faz.
se no passado foram (e ainda são)cometidos erros gravíssimos em nome de Deus, seria bom relembrar os que se fizeram contra Ele.
E quanto a ódio, os que mais o promoveram nos últimos cem anos em Portugal, mais do que quaisquer outros, foram os Carbonários, cúmplices directos da 1ª República.

João Pedro Pimenta