quarta-feira, abril 04, 2007

Os últimos resquícios dos bárbaros

"Povo do Norte" é um dos nomes com que a claque do FCPorto, os tristemente célebres Super Dragões, se autodenomina. E com alguma razão, devo dizê-lo. Eles são povo do Norte - do pior que há no norte. São os descendentes dos vikings com a sua maldição de saqueadores errantes, que apenas vivem da pilhagem e da destruição. São os resquícios dos vândalos e dos primeiros suevos, que na sua onda de barbárie destruíram o mundo civilizado de então, e lançaram Roma numa letargia de séculos. São no fundo a encarnação desses bábaros, sedentos de destruição, que em lugar de barbas hirsutas, de adagas mal afiadas e de cabelos até aos pés, andam de petardos em punho, "brinco na orelha e fumante na mão", cabelos espetados e casacos com o seu símbolo extremista. Uma estranha conjugação de selvagens de há mil anos com skins desenraizados. E com um Macaco, que escreve livros com descrições das incursões e tudo, como novo Átila.
O comportamento dos SD na Luz, no último jogo, mostra claramente isso. Nos arredores e mesmo na zona histórica do Porto liberal, burguês e semi-cosmopolita, campeiam estes novos bárbaros do "norte", sem travão que os segure, aparentemente impunes.

Um comentário:

joao de miranda m. disse...

Texto bem escrito. Verdadeiro. Por que será que o José Pinto Coelho não quer expulsar estes do país? Estes são bons e não são marginais?