É inacreditável como ainda se consegue defender Alberto João Jardim. Não falo dos seus apaniguados da Madeira, sempre à espera das festas do todo-poderoso, dos subsídios inesgotáveis e do discurso "anti-colonialista". Aludo, sim, aos estranhos defensores cá do "contenente", indignados com a maneira como o Soba atlântico cá é tratado. Já percebi que as razões têm sobretudo a ver com diferenças entre o rosa e o laranja, tanto lhes se lhes dando que Jardim use e abuse dos fundos que recebe, controle a imprensa local, insulte tudo e todos conforme a quantidade de álcool ou condicione a campanha eleitoral a seu bel-prazer, saíndo de uma inauguração para um comício e vice-versa. Porquê? Porque "desenvolveu realmente a Madeira" (com aquela massa toda, quem é que faria pior?), combate o "colonialismo" e "é a única oposição visível ao poder socialista". Óptimo. Mas porque não se preocupam também com a oposição a Jardim? Fidelidade partidária oblige?
Apesar de tudo, Manuel Monteiro teve mais coragem do que todos os outros juntos, ao deslocar-se à ilha e acusar o cacique de "estalinista", a propósito da rábula de Manuel Bexiga. Exagerado, certamente, mas aos abusos jardinistas (que chamou "fascistas" ao mesmo Monteiro e a Louçã) responde-se à altura. Como os meios estão todos nas mãos de quem governa há trinta anos, as campanhas também serão desiguais, e os resultados eleitorais não poderão ser muito diferentes do normal. Tudo igual como sempre, na terra do último soba do território português.
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