terça-feira, julho 22, 2008

A febre dos festivais

Localização de concertos à parte, reparei noutra coisa; na quantidade de festivais de pop-rock que houve e haverá este ano. Começou com o megalómano Rock in Rio, em Lisboa. Depois, o Alive, em Algés, roubou público à fase lisboeta do SBSR (mas não à portuense), embora preferisse mil vezes ouvir Duran Duran e Beck aos Rage Against the Machine, ainda que ladeados pelos Hives e pelos Gogol Bordello. No Sábado, Lou Reed competiu directamente com Leonard Cohen. E ainda faltam os Delta Tejo, Sudoeste e Paredes de Coura. Fala-se tanto na crise económica e social e na carestia de vida e nunca tivemos um overdose de música pop-rock como este ano, com dezenas de milhares de pessoas a acorrer em massa a inúmeros festivais. É um daqueles paradoxos em que Portugal é fértil. E nem sequer vai haver Vilar de Mouros. Mas os menos remediados sempre podem ir assistir ao Carviçais rock, perto de Moncorvo; escusam de gastar tanto dinheiro e sempre animam o deprimido interior transmontano, que merece todos os pretextos do mundo para o visitarem. Não esquecer que o Sabor, ali ao lado, não ficará intacto muito mais tempo.

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