quinta-feira, setembro 24, 2009

Dos pequenos, rezará a história destas eleições?



Ao contrário do que aconteceu nas Europeias, talvez porque as Legislativas "não se pode desperdiçar votos" e se apela ao "voto útil", os pequenos partidos têm sido muito escassas vezes objecto de notícias. Com algumas excepções, como um recente Prós-e-Contras, uma ou outra reportagem televisiva e alguns artigos como o do Público de hoje, impera quase um manto de silêncio sobre os que não têm representação parlamentar, para além daquela curioso argumento de que "o voto nesses partidos é um voto desperdiçado". Será curioso se algum deles chegar aos bancos do Parlamento, com tão pouca cobertura. Quem tiver boa memória lembrar-se-à certamente que o Bloco de Esquerda, logo na sua aparição em 1999, teve extensa atenção dos média (é verdade que também tinha algumas figuras conhecidas).

O MEP tem algumas possibilidades de lá chegar. O MMS já tenho dúvidas (aqueles anúncios de "enviar os políticos para a Conchichina" e da castração química dos pedófilos são do mais inquietante populismo que já vi), o resto, o PPM versão Câmara Pereira, o PNR "expulsem os emigrantes", o POUS da lírica Carmelinda, o MRPP desse excelente juslaboralista que é Garcia Pereira, permanecem iguais a si mesmos. Novidades são a Nova Democracia já não ser liderada por Manuel Monteiro (que no entanto corre por Braga), o MPT de Quartim Graça estar coligado com o Partido Humanista, e os nóveis Partido Trabalhista, chefiado por um senhor com ar de empreiteiro de Tondela, e o Partido pro Vida, que defende causas que considero nobres mas que gostaria muito de saber quais as ideias nas áreas da economia, assuntos externos, ambiente e obras públicas.


Dia 27, o dado de maior interesse entre estes pequenas agremiações será o de saber se o MEP consegue entrar no Parlamento. Pelos números das Europeias, isso seria possível, mas o "voto útil" pode tramá-los. Confesso que admiro o percurso de activista de Rui Marques, desde a missão do Lusitânia Expresso e da Fórum Estudante (uma revista de que era fã absoluto quando tinha 16, 17 anos, e de que guardo alguns números), até ao seu papel como Alto Comissário para a Emigração, passando pelo seu trabalho nas escolas de Timor e na participação do lançamento da revista Cais. Tenho uma certa curiosidade em ver como se comportaria na AR - e qual a sua visibilidade. A sua imagem humanista poderia sumir-se no meio das acusações entre "os Exmos Deputados", mas alguma coisa ficaria, por certo. Veremos se tem sorte no Domingo. Porque aos pequenos, como sempre, só sobrarão migalhas.

2 comentários:

Anônimo disse...

vamos a ver...
1ºobjectivo - PSD vencedor
2ºobjectivo - CDS em 3º
3ºobjectivo - MEP com pelo menos 1 deputado..
..utopia.. em quem votar? eis a questão...

1abr grande Pimenta

kikofonseca

PEDRO QUARTIN GRAÇA disse...

Estou certo que, como bons monárquicos que são (somos) me darão o vosso voto!

Cordialmente,

Pedro Quartin Graça