Já que anda tudo a lançar a sua opinião sobre o coronavírus nas redes sociais (uns, inconscientes ou engraçadinhos, como se isto se tratasse com bagaço, outros quase apocalípticos, a dizer que "há 15 dias que devia estar tudo fechado", ou seja, quando não havia casos em Portugal) e a divulgar as últimas informações que ouviram, podíamos começar a mudar alguns hábitos, e não falo só de higiene (mas também: a quantidade de pessoas que não lava as mãos quando deve é atroz). As teorias da conspiração, por exemplo.
Espero que aquelas pessoas que andaram com aquela conversa de que "isto é um plano da China para diminuir população" (travar a economia para morrerem escassos milhares de pessoas? Será isso, o brilhante plano?) ou então que "isto é um vírus inventado nos laboratórios para as famacêuticas ganharem milhões com a vacina" (então porque é que ainda não a começaram a vender num mercado como o chinês, quando os números decrescem a olhos vistos e o pânico se instala no Ocidente?) tenham um pouco mais de juízo quando começam com os seus "cá para mim". Isso aplica-se também a "comunicadores", como aquela célebre apresentadora que afirmava há poucas semanas que o vírus só infectava os chineses. E mais ainda a chefes de estado de países de grande população, com o incumbente de Vera Cruz, que acha que o coronavírus é fantasia propagada pela "mídia".
Infelizmente as teorias e os boatos existem desde que o mundo é mundo. Mas como agora as redes sociais as divulgam muito mais facilmente, pedia-se um bocadinho de contenção, e se possível, de juizinho, que bem vai ser preciso.
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