Eis uma explicação racional (mas não a única, obviamente) para a quantidade de mortes em Hubei, Norte de Itália e Norte do Irão. Tudo zonas que pela sua densidade populacional, geografia (zonas planas rodeadas de cordilheiras, que limitam a circulação do ar) e sobretudo indústria pesada e, no caso de Itália, posse de automóveis per capita, das maiores do mundo (e todos sabemos como os italianos apreciam carros), levam a que haja muito pior qualidade do ar, doenças respiratórias e a situação tão complicada que temos vindo a assistir nessas regiões.
Mais uma razão para pensarmos que há questões prementes a ser resolvidas, e que o ar que respiramos é sem dúvida uma delas. Até lá, resta-nos aprender com as lições, por duras que sejam. A economia tem de reerguer-se e o ar ficará novamente mais poluído, mas convinha voltar a este assunto, que aliás esteve no ordem do dia no último ano logo que possível. Talvez muito do cenário terrível que temos vindo a assistir fosse mais ténue. Que este ar mais limpo que respiramos agora nos ajude a perceber isso, e a curto prazo nos ajude.
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