sábado, novembro 27, 2004

O táxi, o seu líder e as gravatas dele

Vai longa a discussão sobre o artigo de Pedro Mexia no DN, visando o PP (os partido e o seu mentor). A resposta que deu no Fora do Mundo à crítica do Acidental pôs muitos pontos nos is. As consequentes contra-respostas no referido blog deixaram-me algo elucidado. Luciano Amaral deu talvez a melhor delas todas, embora não concorde com parte da crítica que faz a Mexia. José Bourbon Ribeiro esmiúça umas defesas, mais ou menos formais, que acabam por ser mais superficiais do que a superficialidade que diz ser a substância do artigo de Pedro Mexia, acabando por se tornar num óbvio alvo do mesmo (sim, creio que era exactamente a pessoas destas a que o artigo se referia).
Vasco Rato dá igualmente uma resposta em que mostra que não entendeu (ou finge não enentender) o que é o verdadeiro PP actual: um reflexo político do seu líder, um grupo sustentado unicamente por Portas, que sem ele se esboroará inevitavelmente, a não ser que mude radicalmente de figurino...como Mexia prevê, e como refere que a cada novo ciclo aconteceu, para que o partido subsistisse. Raramente um partido se identificou tanto com o seu líder em Portugal - tirando Eanes e o seu PRD. Nunca uma sigla teve tanta razão de ser. Mas deste texto retive outra certeza: politicamente, não há nada que eu tenha em comum com Rato. Aquilo que lhe desgrada no PP (ou seja, a "perspectiva cristã" e a "agenda social") é precisamente o que mais aprecio no partido. Confirma-se assim que Rato é o autêntico "neo-con" lusitano.
E já que se fala no Acidental, aproveito para (mais uma vez) recomendar o post de Rodrigo Moita de Deus, intitulado "Uma pequena teimosia". decididamente, começa-se a tornar num hábito.

PS: até gosto dos fatos de Portas e restantes colaboradores. Que não seja nisso que concordo com Mexia.

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