quinta-feira, novembro 23, 2006

RIP

Ferenc Puskas
O Major Galopante, líder da melhor equipa de futebol de todos os tempos, a magnífica selecção húngara dos anos 50, que teve de fugir do seu país com a invasão soviética. No Real Madrid causou terror entre as defesas adversárias, mas nem o seu hat-trick impediu o Benfica de ser bi-campeão europeu. Um imortal da bola, daqueles que seguramente não serão esquecidos.

Sotomayor Cardia
Do antigo ministro da educação foram inúmeros os blogues que se pronunciaram. Pouco conhecia dele. A imagem mais visível é a do seu inesperado anúncio a uma candidatura presidencial, em 1994. Mas deixou caír a intenção e não se tornou a falar do caso.

Marcus Wolff
O nome mais conhecido da STASI, a famigerada polícia política da RDA, mais esguia e eficiente do que o próprio KGB. Deste certamente não se esquecerá John LeCarré.

Milton Friedman
Um dos ídolos do liberalismo económico, a par de Hayeck, guru dos Chicago Boys, antigo Prémio Nobel da Economia e muitíssimo influente nos anos oitenta. Muitos adeptos das suas teorias económicas certamente ficarão com um certo sentimento de orfandade. Curiosamente, morre apenas seis meses depois de um dos seus grandes adversários, Galbraight. Semelhante coincidência envolvendo pensadores opostos deu-se em 2002, quando desapareceram Rawls e Nozick.

Jack Palance
ficou conhecido pelos seus papeis de duro, de vilão de inúmeros westerns. Ganhou um Óscar pela sua participação em A vida, o amor e...as vacas, no qual, curiosamente, morria a meio. Quanto lhe entregaram a estatueta, não se coibiu de fazer umas flexões para mostrar a sua forma. Também a BD a proveitou a sua fama como mau da fita, quando Morris nele se inspirou para compôr Phil Defer, um dos inúmeros inimigos de Lucky Luke.

Robert Altman.
Ainda há 15 dias tinha visto a última obra deste realizador, Prairie Home Companion, sem imginar que ele sobreviveria tão pouco tempo. Deixou um bom par de filmes e um sem número de personagens, interpretados por uma legião de estrelas, que foram um testemunho precioso da América e da incrível diversidade dos seus habitantes( e não só, como em Prêt-à-Porter e Gosford Park).

Actualizado: Mário Cesariny de Vasconcelos; durante tanto tempo deixei de ouvir falar do pintor e poeta surrealista que julgava que tinha morrido antes. Desinquietei-me quando soube que estavam a fazer um documentário sobre ele, com a sua própria colaboração. Por pouco tempo.

Philippe Noiret: outro que dificlmente esqueceremos, pelas Grandes Bouffes deste mundo e pelos "italianos" Cinema Paraíso e O Carteiro de Pablo Neruda.

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