Leituras comuns
É curioso: sou de uma geração bastante mais nova do que a de Pacheco Pereira, mas tenho em comum com ele algumas leituras de juventude. "Herdei" tais livros da minha mãe, é verdade; e também nunca tive grande paciência para ler Florence Nithingale. Lembro-me ainda bem do Pasteur e do Mozart, e menos bem de As Grandes Invenções. Numa colecção parecida(Biblioteca dos Rapazes?), desta feita pertencente ao meu pai, lembro-me de tomar contacto pela primeira vez com Edison, Gutemberg, Gago Coutinho, etc. Isso numa idade em que já largara Os Cinco, a Condessa de Ségur e Sophia, ainda lia os Uma Aventura e começava a entrar nos romances de aventuras de Emilio Salgari, como o Corsário Negro, e os de Walter Scott, Dumas, o sublime A Ilha do Tesouro, etc. Marcaram-me numa altura fulcral, o início de amadurecimento das leituras, passadas as primeiras páginas infanto-juvenis. Só prova que há livros que mesmo que não sejam reeditados, nem por isso perdem o seu valor, e podem servir várias gerações. Podem e devem, aliás.
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