Visto.
É um espaço amplo, luminoso, com uns passadiços para se ver melhor o conjunto e uma bela vista para o Tejo e arredores. Mas para quem conhecia o antigo Museu dos Coches, fica-se com a sensação de se estar num espaço provisório, uma espécie de armazém mais cuidado, antes da colecção regressar ao seu habitat natural, ali ao lado. Isso para não falar na falta gritante de informação explicativa. À excepção do primeiro da exposição, uma carruagem do Séc. XVII, não há qualquer informação individual (nem sequer do landau onde D. Carlos e D. Luís Filipe estavam na sua fatídica última viagem, muito procurado pelo público), apenas de grupo ou de época. Em suma, os 40 milhões gastos na obra podiam ser usados em muitos outros museus com a corda na garganta. Como tantas outras vezes, preferiu-se construir de raiz em lugar de se olhar para o que já existia. Uma velha, má e dispendiosa tradição portuguesa que tarda em extinguir-se. Não é propriamente um elefante branco, mas era evitável.
Os coches a talha dourada da célebre embaixada de D. João V a Roma, que lhes valeram o título de "Fidelíssimo" e a dignidade de Patriarca ao Arcebispo de lisboa.
A meio, descoberto, o landau do Regicídio.
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