Avisado pelo Facebook, por amigos que me recordaram as datas, dei-me conta que o disco Out of Time, dos REM, que contém a grandiosa Losing My Religion, está a fazer bodas de prata. Surgiu em Março de 1991 e catapultou ao banda de Athens para o grande público (embora desde os dois álbuns anteriores que a sua popularidade estava em crescendo) e para o circuito dos estádios, tornando-a numa das maiores dos anos noventa. Já tem 25 anos.
Pela mesma via reparei que o álbum dos GNR Psicopátria está perto dos trinta anos. O disco que nos deu Efectivamente, Bellevue e Ao Soldado Desconfiado e que marcou a despedida de Alexandre Soares, e que reduziu a banda ao trio Reininho-Toli-Romão, está quase na idade de formar família. A primeira minha memória desse disco data do Verão anterior ao lançamento, em que vi cartazes colados na parede a anunciá-lo. Na minha meninice não percebi do que se tratava, e a capa com uma rapariga suspensa no ar sobre o Douro (que eu julgava ter um cabo invisível a segurá-la, ou coisa parecida) sugeria-me o anúncio da chegada de um circo. Levaria alguns anos até perceber o equívoco e a apreciar o álbum como um dos melhores, senão o melhor, que a banda já lançou. Já a rapariga da capa era mesmo um exemplo da juventude da Ribeira que cresceu a mergulhar nas águas ribeirinhas do Douro, e que, segundo uma entrevista da banda no ano passado, casar-se-ia mais tarde com o famigerado Guarda Abel - o que revela que era mesmo adepta de modalidades radicais.
Como sempre, fica o desabafo ao constatar a passagem dos anos: estamos a ficar velhos. Felizmente que os discos em questão não acusam a idade e continuam tão válidos como quando foram lançados.
PS: e como falamos de efemérides de recordações da infância/adolescência, registe-se que por estes dias Paulo Futre, essa enorme figura do futebol português, chegou também aos 50 anos.
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