Carnaval na rua, Páscoa em casa (ou vice-versa), diz-se popularmente. Este ano passou-se tudo em casa. Se bem que para os meus lados o tempo até tenha ajudado no Domingo Pascal e permitiu que se fizesse um conjunto de visitas a familiares nas proximidades e que o Compasso (este ano constituído em maioritariamente por raparigas, sinais dos tempos) não tivesse ficado ensopado. Chuva à parte, tudo correu bem por terras vilarealenses.
Viaduto sobre o Corgo, Páscoa 2016
O mesmo não puderam dizer aqueles infelizes paquistaneses que sofreram um atentado horroroso que matou mais de setenta pessoas, em grande parte crianças. Se na Europa os últimos tempos têm sido o que se sabe, imagine-se o que será no Paquistão, esse país caótico, violentíssimo e em grande parte tribal, que já viu de tudo, incluindo chefes de estado e de governo assassinados, fosse por ordem judicial, por transportes armadilhados ou por tiroteios. A população, essa, é vítima inúmeras vezes de atentados como o desta Páscoa, com os Taliban a quererem mostrar que estão activos também fora do Afeganistão. Ser-se de uma minoria, e particularmente, ser-se cristão nesse país deve ser um risco diário. Já agora, e dado que se fala tanto de islamofobia na Europa e de outras fobias, quando é que começamos a ouvir falar de cristofobia na nossa comunicação social? Os números e os factos não o justificam? Ou a linguagem politicamente correcta não o permite no seu vocabulário taxativo?
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