Em tempos ainda dei importância os Óscares, classificando os actores pelo número de nomeações e galardões. Nos últimos tempos perdi o interesse pelo título e pela cerimónia, cada vez menos apelativa e crescentemente mais rendida a causas do momento em detrimento da arte.
Ontem, ficando a trabalhar mais tarde, acabei por ficar a ver parte do espectáculo, incluindo a já famosa intervenção de Will Smith. Como muitos, pensei que fosse combinado. Depois percebi que não. Talvez não tenha sido um modelo de racionalidade ou comportamento, mas reconheçamos, deu alguma salero e animação politicamente incorrecta a um evento que bem andava a precisar disso.
E se alguém achou que o gesto do era um murro, desengane-se: se fosse de punho fechado, Chris Rock teria ido ao chão. É que o Will não é propriamente pequeno e até já esteve naquela sala por ter sido nomeado pelo papel do lendário boxer Ali/Cassius Clay, o que implica que saiba jogar ao boxe.
De resto, aproveita-se o sempre importante in Memoriam, que recordou logo dois antigos Melhores Actores, Sidney Poitier e William Hurt (mas que esqueceu lamentavelmente Monica Vitti), ou até Teodorakis, que nem me recordava que tivesse morrido.
PS: entretanto, Cláudio Ramos já pediu que tirassem o Óscar a Will Smith. Aposto que a "academia" já está a analisar a exigência de Ramos. Eu, se fosse ao Will Smith, ficaria preocupado.
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