quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Enfim um bom artigo de Mário Soares, que afinal não perdeu de todo a lucidez. Já se começou a distanciar do Chavismo em voga na América Latina, embora devesse fazer a distinção entre Lula e os restantes caudilhos. Mas mete água no ponto 4, em que fala de Bento XVI: de facto, a conferência de Ratisbona não constituiu uma gaffe, mas um mal entendido aproveitado pelo oportunismo islâmico; dificilmente poder-se-iam beatificar muitos republicanos espanhóis dos anos trinta, cujo traço comum era um anti-clericalismo que faria Afonso Costa parecer um carmelita descalço; e quanto ao bispo lefebvrista Wiliamsson, apesar da sua opinião alucinada, não negou o Holocausto, mas sim os números e os meios. Convém não exagerar, e além disso, matérias de excomunhão são do decisões internas da Igreja. Soares também não gostaria de ver D. Jorge Ortiga criticar as eleições internas da Internacional Socialista, pois não?

6 comentários:

Anônimo disse...

Soares, Soares, Soares...
Também tu, companheiro, caído em desgraça...
Se tivesses sido eleito Presidente, era ver os "srs Pimentas" deste país a fazer fila para lhes arranjares um "tacho" para assessor!
Por isso é que são "politicamente indeterminados", tás a ver! É que assim dá para tudo!
Eles bem que dizem que não, mas andam todos atrás do mesmo... Tacho, tacho, tacho!
Mas Mário, companheiro, não te preocupes... Também andaste atrás do mesmo, e, pelo menos, já estás de barriga cheia...
Por outro lado, daqui a nada estás outra vez na mó de cima e recuperas logo uma corte de "srs Pimentas", bajuladores como convém.
Só a mim é que apanhas, ó Mário!
Para mim, só ambiciono esforço e trabalho, nunca serei apenas mais um sapo a chafurdar no lamaçal!

- disse...

Bem, não exageremos digo eu, se o senhor quis diminuir os numeros tava a querer diminuir o acontecimento, o que é uma forma de negação.

Quanto aos assuntos internos da Igreja concordo, mas extendo a palavra "interno" a todo aquele que aderiu ou pondera aderir à nossa fé, o que não sabemos se será o caso do Mário! Se alguém assume o papel de universal e de querer chegar a toda a gente, automaticamente os seus assuntos internos tornam-se uma parte daquilo que propõem, e aqueles a quem se propõem, automaticamente têm o direito de discutir esses assuntos...

Cumprimentos

João Pedro disse...

ó "inginheiro", já te avisei: ou moderas a linguagem ou os teus comentários passam a ser apagados, sem excpção. Aqui há regras, e quem não as cumprir é corrido. Se achas que eu apoiei o Soares, vai dar uma olhadela aos posts de há 3 anos. Para quem ambiciona "esforço e trabalho", parece-me que tens demasiado tempo livre para debitar baboseiras.

Other, eu não comungo nem das teses revisionistas nem da facção que o proto-bispo representa, mas parece-me que não se pode falar de negação; desvirtuamento talvez, má fé provavelmente, mas apesar de tudo ele não nega o holocausto em si.

Claro que cada um pode discutir os assuntos da Igreja, vivemos numa sociedade livre. Mas parece-me lógico e de bom tom que em assuntos que digam respeito ao universo dos crentes e que não tenham efeitos fora disso, aqueles que não pertençam à Igreja se abstenham de fazer comentários; a Igreja católica é universal, mas nem todos a querem abraçar, e Soares nunca se mostrou muito inclinado para aí. Até porque se corre o risco de falar do que não se sabe.

Anônimo disse...

Peço desculpa...mas quem é o "sr.Pimenta"??!!!

Anônimo disse...

Ai existem regras, sim senhor...
Deve ser algo do género:
1) Toda a gente tem o dever de concordar com o que o sr. Pimenta escreve.
2) Se for manifestamente impossível cumprir com o disposto no nº 1, o comentador deve no entanto elogiar a acutilância, profundidade, perspicácia, irreverência e ousadia do sr. Pimenta.
3) Em caso de incumprimento do nº1 e nº2, o comentador pode sempre referir que "o sr. Pimenta é muito bonito", que "o sr. Pimenta tem mais charme que o George Clooney", que "nada melhor que o Michael Phelps" e que "corre mais que o Usain Bolt".
Sr. Pimenta, basta de autoritarismos, senão corre o risco de ficar conhecido como o "Blog do Lápis Azul".
A mim, ninguém me cala!
Levantei-me nas primeiras horas da madrugada de Abril para que não mais em Portugal alguém fosse "corrido" por causa das suas opiniões!
Faz falta um 25 de Abril n'Ágora, já!

Anônimo disse...

A mim, ninguém me cala! Frase atribuída a adversário do Sô Soares, a quem, de facto, o Dr.João Pimenta apoiou... e continua - julgo - a apoiar.

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