Mandar a Troika lixar-se não será a opção mais sensata e mais aconselhável nos próximos anos. O mote das manifestações que sacudiram o país no último Sábado pareceu-me infeliz, mas havia mais do que razões para as pessoas o fazerem. A magnitude destes movimentos reuniu pessoas de esquerda e de direita, sindicalistas, comunistas, fascistas, anarquistas (esses mais em frente à AR), liberais, monárquicos, todas as camadas da sociedade portuguesa. Tinham razões diferentes, mas partilhavam de igual indignação de ver um governo fugir de novo às suas promessas (como era aquela história das gorduras do estado?), a sobrecarregar os contribuintes de impostos, a fazer os trabalhadores pagarem mais pela segurança social, em detrimento das empresas, com resultados mais que duvidosos, numa operação que Vítor Gaspar dissera em tempos ser uma experiência nunca testada.
O povo português, o que estava na rua e o que não esteve presente, apoiou na sua grande maioria esta enorme expressão de mal-estar. Isso mesmo se viu na blogoesfera, excepto nalguns blogues totalmente equivocados, completamente fora da realidade ou que resolveram muito simplesmente fazer-se (nos)de parvos (ou então trata-se de pura subserviência). Se o executivo se mantém nos seus gabinetes julgando tratar-se de um movimento passageiro, corre um seriíssimo risco de cair dentro de pouco tempo. não por culpa de uma revolução nas ruas, ou de uma intentona das forças armadas, que de resto preferem estar nos quartéis ou passear em protesto. Mas a pressão da sociedade, cujas manifestações são cada vez mais numerosas, pode provocar a exoneração do Governo por outros meios constitucionais, incluindo os que tenham fonte em Belém. E talvez aí apareça uma Mario Monti, se o houver, para tomar as medidas necessárias mas lembrando-se que sem equidade não há o mínimo suporte popular possível. Governar sem ser para as eleições é muito louvável, mas abstrair-se por completo da opinião pública, exasperando-a continuamente sem a ouvir, é em democracia pura loucura. As manifestações são um barómetro de importância crescente. Ignorá-las será sempre uma opção desastrosa.
Um comentário:
'Vira o disco e toca o mesmo' - vulgo eleições antecipadas atrás de eleições eleições antecipadas - não é solução!...
Ponto nº 1: O DIREITO AO VETO DE QUEM PAGA
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Votar sim!
… mas…
Votar não é passar um cheque em branco!!!
Leia-se, O CONTRIBUINTE TEM DE DEFENDER-SE: o cidadão não pode ficar à mercê de pessoal que vende empresas estratégicas para a soberania – e que dão lucro (!?!?!) -, e que nacionaliza negócios “madoffianos” (aonde foram ‘desviados’ milhões e milhões); ex: BPN.
-> Democracia verdadeira, já! -> leia-se, DIREITO AO VETO de quem paga (vulgo contribuinte).
[veja-se o blog «fim-da-cidadania-infantil»]
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Ponto nº 2: EM VEZ DE PROPOSTAS DE AUMENTOS... PROPOSTAS DE ORÇAMENTOS
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Explicando melhor, quem apresentar propostas que mexam (aumento da despesa) no orçamento de Estado... terá que avaliar os custos das mesmas... e terá de dizer quem é que as irá pagar: aumento do deficit... ou cortes em determinadas áreas (nota: terão que dizer quais!)... ou mais impostos.
Leia-se:
- sociedade não pode fazer cedências ao Terrorismo_CGTP -> face a uma entidade pagadora em deficit (leia-se Estado), o Terrorista_CGTP apresentava propostas de aumentos - e não - propostas de orçamentos... leia-se, queria mais dinheiro não importa vindo de onde... leia-se, jubilava quando os aumentos vinham... e... varria para debaixo do tapete o facto da entidade pagadora ter necessidade de pedir dinheiro emprestado a (perigosos) especuladores, e necessidade de vender activos...
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