De Albino Aroso, justamente apelidado de "pai do planeamento familiar", só tenho uma discordância mais profunda quanto à questão da liberalização do aborto a pedido. De resto, o médico e professor portuense agora desaparecido aos noventa anos não o terá feito sem grandes lutas de consciência, e de qualquer maneira, poucos ou nenhuns, como ele, terão evitado tanto a mortalidade infantil reduzindo-a em Portugal a níveis que fazem inveja a todos os demais (e quanto algum estrangeiro lhes disser que Portugal é um país de "terceiro-mundo", lancem-lhe essa à cara). O seu modelo de planeamento familiar, construído com base em discussões e acordos, e nunca por imposição, permitiu isso e muito mais, melhorando consideravelmente as condições de maternidade e a saúde infantil, mesmo que para isso tivesse por vezes adoptado atitudes polémicas, a que o tempo daria razão, ou batido com a porta quando entendeu ser necessário. E é da mais elementar justiça que ao novo Centro Materno Infantil do Norte, quase a abrir, seja atribuído o seu nome.
segunda-feira, dezembro 30, 2013
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