Terríveis dias para a literatura sul-americana, estes. Hoje perdeu-se Luís Sepúlveda, que até tinha provocado uma onda de pânico há pouco mais de um mês, na Póvoa, quando veio ao festival Correntes d´Escrita, e afinal ninguém mais ficou doente, só ele. Escreveu um punhado de boas obras e lembro-me em especial de um excelente livro de viagens Mundo no fim do Mundo, de que cheguei a escrever uma pequena recensão no jornal da faculdade, há já muitos anos, ou do Diário de um Killer Sentimental, espécie de romance policial noir com laivos de humor.
E ontem deixou-nos Rúben Fonseca, de morte natural, que tinha uma escrita seca, dura, directa. Criou o advogado/detective/boémio Mandrake e o "romance histórico" Agosto, sobre os últimos dias de Getúlio. Se pesquisarem no youtube encontram as respectivas adaptações televisivas. E é irónico como no Dia Mundial da Arte desapareceu o homem que escreveu A Grande Arte.
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