A Fnac de Sta Catarina fechou hoje, para dar lugar a uma Primark, no edifício Palladium. Era um fim anunciado há meses, mas não deixa de provocar um sentimento de vazio. Era uma espécie de "homónima" portuense da Fnac do Chiado, uma loja-âncora em plena baixa. Nos últimos dias, quando por lá passei, já dava sinais de fim de época e de mudanças, sem boa parte dos produtos e com alas fechadas.
Desde que abriu, seguramente no início do século, por junto passei lá muitas horas, desde que os CDs, que eram aos milhares, ainda eram a melhor foma de adquirir música. Se pensarmos bem, uma Fnac naquele local era uma sorte, um luxo, aparentemente, já que a Baixa está reduzida cada vez mais, tirando as instituições públicas, a cafés, restaurantes, marcas para turista ver e hotéis (está planeado outro para o edifício de cor bordeaux em frente). Dizem vozes amigas que estão à procura de novo local para a reimplantar. Espero e estimo que o consigam, porque as rendas das Primarks desta vida estão cada vez mais difíceis de suplantar. Até lá, quem quiser comprar livros naquelas paragens sempre se pode socorrer à excelente Livraria Latina, quase em frente.
PS: incrivelmente, a Latina também vai fechar. Com excepção da Bertrand da rua da Fábrica, a Baixa fica SEM UMA ÚNICA livraria, tirando um ou outro arfarrabista. Já teve várias, e prestigiadas, mas a Leitura é agora um bar e a Lello, essa, é um museu instgramável com armadilha para turistas de Harry Potter.
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