terça-feira, outubro 02, 2012

Contra o Barcelona, sem meio-campo

 
Até aos últimos dias de Agosto estava confiante no Benfica, apesar do empate com o Braga. Achava que ainda íamos vender Gaitan e preservar Witsel. Faltava um defesa esquerdo, é certo, estava-se q queimar Melgarejo numa posição que não é a dele, e faltava um substituto para Maxi, até porque ainda falta traquejo ao miúdo Cencelo. Depois veio a venda de Javi Garcia. O espanhol é um dos esteios do Benfica e tem raça, mas por vinte milhões dava perfeitamente, e ainda temos Matic. O problema é que o raide de S Petersburgo patrocinado pela Gazprom levou-nos o belga (também levou Hulk a preço abaixo do anunciado, valha-nos isso), um jogador de uma qualidade rara, indispensável na equipa e que esperava manter por mais um ano. Como resultado, o meio campo ficou uma passador, uma manta de retalhos sem a necessária filtragem, e o resultado está à vista. No jogo de Coimbra, pese a habitual Xistrada e os seus penaltys forçados, viu-se bem o quão macio está o meio campo. Enzo Perez está a mostrar que tem qualidade técnica mesmo fora do seu lugar, mas não se lhe podem pedir funções muito defensivas, e Matic não chega para as encomendas. Para mais, Luisão está fora por castigo. Tínhamos uma boa solução para tapar o buraco, chamada Airton. Infelizmente, está emprestado ao Flamengo até Junho...
 

Se o Benfica conseguir aguentar-se até Janeiro sem perder muitos pontos, há esperança no campeonato. Aí, poderá reforçar-se (fala-se no regresso de Manuel Fernandes), vender finalmente Gaitán, que é muito bom, mas por alguma razão se comprou Ola John, e equilibrar o plantel. o problema são as competições europeias, os três próximos jogos, e sobretudo o de hoje à noite. Apesar de alguma pressão afastada pela última jornada, o Benfica recebe hoje o Barcelona na Luz, que está um pouco remendado, mas apenas lá atrás. Não fossem as baixas do defeso e haveria algum equilíbrio e a perspectiva de um jogo renhido. Assim, com um meio-campo provisório, resta-nos esperar por uma noite desinspirada dos culés e alguma sorte. Talvez dessa forma consigamos um ponto, o que ajudava muito. De outras vezes, o Barça empatou na Luz e mais tarde sagrou-se campeão europeu (o primeiro confronto aconteceu na final de 1961 e deu o primeiro título ao Benfica). Não sou grande fã da equipa blaugraná, que deve as suas cores ao Basileia, mas se ganharem nova competição e isso significar que o Benfica passa a fase de grupos, tanto melhor. Espero que a tradição se mantenha. Não que tenha grande esperança em não ver Artur ir buscar a bola várias vezes ao fundo da baliza, mas deixem-nos sonhar, nem que seja baixo.
 
 

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