sexta-feira, outubro 26, 2012

Eleições no Benfica e traços da guerra das audiências



Finalmente Luís Filipe Vieira tem como adversário um candidato com alguma credibilidade. Infelizmente, Rui Rangel pareceu-me demasiado verde para a contenda. anunciou a candidatura já tarde, não reuniu tantos apoios como se esperava e cometeu inúmeras gaffes. Seria bom que Vieira apanhasse no mínimo um susto e parasse com declarações demagógicas. Sim, o Benfica está nitidamente melhor do que há nove anos, mas também podia ter arrumado melhor o passivo e os empréstimos bancários e ganho o campeonato do ano passado. E cesarismos nunca deram grande resultado no clube da Luz. Ar fresco precisa-se, mas não estou a ver grandes meios de ser Rui Rangel a abrir as janelas. Além disso, quem conta na sua lista com Eusébio, Rui Costa, Nuno Gomes, Fernando Martins, etc, é praticamente imbatível.
 
Mas há um pormenor irónico e que nos remete para as antigas batalhas de audiências entre os canais televisivos. José Eduardo Moniz é um fortíssimo trunfo de Vieira, e não há dúvida de que, se tiver poder para isso, poderá ser uma enorme mais valia no Benfica. Rui Rangel é irmão de Emídio Rangel, o antigo homem forte da SIC, que levou a estação de Carnaxide aos píncaros e que teve batalhas titânicas com Moniz, ultrapassando-o largamente quando este era director de programas da RTP, e deixando-se passar novamente quando o agora candidato do Benfica transitou para a TVI, graças ao infame Big Brother. Fosse outro Rangel o adversário de Vieira nestas eleições, e teríamos a reedição de uma grande rivalidade e de um combate longo, com pormenores de destruição maciça, qual Primeira Grande Guerra. Felizmente os tempos de Vale e Azevedo já lá vão. Mas avizinham.se novas guerras com a Olivedesportos e quem a possui.
 
 

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