Chegou o dia da Final. Aquela que já esperávamos há vinte e três anos. Bom, não é a final dos Campeões Europeus, chamem-lhe Taça ou Liga. Mas é uma final da UEFA (rebaptizada duvidosamente de "Liga Europa", ou euroliga, na minha versão preferida), digna dos campeões europeus, como vários lembraram, onde se defrontam o actual detentor do troféu e um dos clubes que mais contribuiu para a sua grandeza. Ou a "Velha europa" suportada pela paixão dos adeptos contra a "Nova Europa" dos cheques dos bilionários.
É uma evidência que à partida o Chelsea é favorito. Além de deter o título maior, depois de arrebatá-lo ao Bayern em plena Allianz Arena e de ultrapassar o Barcelona, e claro, o Benfica, tem jogadores incríveis e uma capacidade financeira quase sem fundo, mercê da fortuna do seu famoso proprietário russo Roman Abramovic. Depois de conquistar o troféu mais ambicionado, não está a passar propriamente por uma época de sonho: perdeu a Supertaça europeia (goleado pelo Atlético de Madrid de Falcao!), as outras taças, teve um campeonato modesto, e a meio da temporada contratou o mal amado Rafa Benitez como treinador assumidamente interino. Passa por um período de transição, à espera do regresso de Mourinho, de quem nunca se livrou de um certo sentimento de orfandade.
O Benfica vem de uma época longa e de um desaire psicologicamente tremendo, que muito dificilmente o impedirá de conquistar o campeonato nacional. Embora tenha uma boa equipa, substituindo muito bem as peças que teve de vender no ano passado, tem de lutar contra o cansaço, a memória dos jogos mais recentes, o favoritismo do adversário e o peso da história nas finais. Não é coisa pouca. São adversários tremendos, só superáveis por uma grande equipa. Jorge Jesus nem sempre se dá bem em momentos decisivos, mesmo que não tenha muitas finais no currículo. Preferia, hoje, que no banco estivesse Ronald Koeman, que nos ensinou a vencer equipas inglesas detentoras do título europeu na sua própria casa (e até treinadas por Rafa Benitez), como estarão certamente recordados. Mas não está, e só podemos contar com quem lá está.
Não sei se vamos ganhar hoje. A tarefa é complicada. O que peço é que joguem com a mesma garra como jogaram contra o Fenerbahçe, e com a mesma inteligência com que pisaram Anfield Road em 2006. Usando a linguagem do nosso adversário de hoje e uma expressão do país do seu treinador e de boa parte dos jogadores, aprendida nos Caminhos de Santiago, No Pain, No Glory. Honrem a camisola. É a única forma de alcançar os objectivos. Contra todos os favoritismos e "maldições". Para que hoje seja realmente Dia de Benfica!
O Benfica vem de uma época longa e de um desaire psicologicamente tremendo, que muito dificilmente o impedirá de conquistar o campeonato nacional. Embora tenha uma boa equipa, substituindo muito bem as peças que teve de vender no ano passado, tem de lutar contra o cansaço, a memória dos jogos mais recentes, o favoritismo do adversário e o peso da história nas finais. Não é coisa pouca. São adversários tremendos, só superáveis por uma grande equipa. Jorge Jesus nem sempre se dá bem em momentos decisivos, mesmo que não tenha muitas finais no currículo. Preferia, hoje, que no banco estivesse Ronald Koeman, que nos ensinou a vencer equipas inglesas detentoras do título europeu na sua própria casa (e até treinadas por Rafa Benitez), como estarão certamente recordados. Mas não está, e só podemos contar com quem lá está.
Não sei se vamos ganhar hoje. A tarefa é complicada. O que peço é que joguem com a mesma garra como jogaram contra o Fenerbahçe, e com a mesma inteligência com que pisaram Anfield Road em 2006. Usando a linguagem do nosso adversário de hoje e uma expressão do país do seu treinador e de boa parte dos jogadores, aprendida nos Caminhos de Santiago, No Pain, No Glory. Honrem a camisola. É a única forma de alcançar os objectivos. Contra todos os favoritismos e "maldições". Para que hoje seja realmente Dia de Benfica!
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