terça-feira, março 11, 2014

Uma boa solução



A solução encontrada pela Câmara Municipal do Porto para recuperar a Feira do Livro é um excelente exemplo de como entidades públicas podem fazer incentivos à cultura sem ceder às habituais chantagens dos "agentes culturais" e dos oportunistas da subsidiodependência do ramo. No ano passado, Rui Rio não quis ceder às exigências da APEL (que pretendia um acordo por vários anos com 75 mil euros anuais de subsídio) e quebrou a corda, deixando a cidade sem a Feira pela primeira vez em 80 anos. Agora, os senhores da APEL voltaram a exigir as mesmíssimas condições (i.e. subsídios e contrato prolongado, para além de todas as facilidades logísticas) depois de acordarem verbalmente que não as receberiam. Resultado: a Feira do Livro do Porto não se realiza em Junho, na rotunda da Boavista (para onde estava planeado regressar), mas sim nos jardins do Palácio de Cristal, em inícios de Setembro, organizada pela própria CMP. Não se perde nada, apenas se espera um pouco mais, o local é muito mais agradável e com melhores condições do que entre o trânsito da rotunda, há o apoio precioso da biblioteca Almeida Garrett e nessa altura ainda é Verão. A APEL que pense duas vezes, para a próxima.

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