quarta-feira, abril 08, 2015

A Páscoa nas margens do Homem




Continuando com o assunto do post anterior, lembremo-nos que a Páscoa ainda agora começou. Ao folhear o suplemento dominical do Público, deparo-me com as fotografias de Alfredo Cunha cobrindo várias manifestações pascais no Minho, em especial a procissão de barcas pelo rio Homem abaixo (além de outras, como as procissões da Sexta-Feira Santa em Braga), na segunda-feira de Páscoa, lembrando um tempo em que as pontes eram longínquas. Tenho algumas raízes exactamente nessa região (e cheguei a ir lá num Domingo de Páscoa, mas por motivos funéreos) e nunca tinha ouvido falar de semelhante manifestação fluvial. Mas apenas vem demonstrar quão variadas e ricas podem ser as celebrações pascais. Lembro-me, quando tinha os meus dez anos, de ir passar a pascoela à casa dos meus tios-avós, aí perto, a poucos metros do Homem, na zona de Vila Verde. Era nesse Domingo, e não no de Páscoa, que se recebia o compasso, seguido de banda de música. Na minha memória ficou-me a admiração de saber então que o compasso só passava uma semana depois da Páscoa (e imaginava o pequeno grupo carregando a cruz, por todas aquelas freguesias, dia e noite, sem parar).
Outras formas de celebrar a Páscoa em terras de entre Homem e Cávado. Muitas e variadas. E o que é fantástico é que ainda hoje me conseguem surpreender e comover.
 
 

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