As histórias de espionagem têm sempre umas lascas de romance amoroso ou de humor. A da fuga de Edward Snowden para países pouco dados à liberdade de expressão, além de irónica, parece querer juntar uns pozinhos que a podem tornar ainda mais apetecível: agora é Anna Chapman, a "Mata-Hari russa", a sensualíssima espia presa nos Estados Unidos e recambiada para a Rússia numa troca de espiões, que se quer casar com Snowden para que este adquira cidadania russa que impeça qualquer extradição para os EUA. O americano, que está há vários dias na zona de trânsito do aeroporto de Moscovo, não se negou a este plano (e alguém o pode criticar?), que pode pôr fim à sua fuga. Chapman já tem uma história que seguramente dava um bom livro ou filme (rave partys e casamentos em Inglaterra, espionagem em Nova York, actividades na juventude do partido do poder na Rússia como recompensa, etc), e esta novidade promete um bom desenvolvimento. Espera-se que John Le Carré ou qualquer autor de semelhante gabarito se cheguem à frente para redigirem esta belíssima (como a protagonista) história de espionagem que já está praticamente escrita.
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