Uma pessoa está uns dias afastada do Mundo, a orare e laborare, afastado das notícias, da azáfama citadina, da vida mundana e das suas mesquinhices, e quando regressa e abre o computador, depara-se com isto. Simplesmente o desaparecimento de um actor de que bem se podia dizer que era "o melhor da sua geração" (no cinema americano, em todo o caso).
Das pequenas participações em filmes dos irmãos Cohen e Minghella ao retrato afectado de Truman Capote, que lhe valeu um Óscar de Melhor Actor, dos filmes de Paul Thomas Andersson (e não consegui ver The Master...), de quem era uma espécie de actor-fetiche, a retratos hilariantemente realistas, como o agente da CIA de Charlie Wilson´s War, e de tantos outros, mais obscuros, é difícil escolher a sua melhor interpretação. Já há muito que tinha ultrapassado (e confirmado) o estatuto de simples "promessa", mas certamente esperávamos que ainda tivesse muito para dar à Sétima Arte. Certo é que nunca se negou a interpretar os papéis mais difíceis e arriscados, que qualquer filme em que entrasse era sinónimo de dinheiro bem gasto no bilhete, e que será daqueles actores que continuarão a ser recordados daqui a cinquenta anos - desde que ainda haja cinema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário