Dizer se o congresso do PSD gerou alguma mudança visível no partido ou no governo é tarefa difícil. Permitiu que ex-líderes aparecessem de novo na ribalta, ou melhor, no palanque, que Santana mostrasse que não se esqueceu da vida política, que Menezes não engoliu ainda a derrota nas Autárquicas e que Marcelo, num estilo coloquial e descontraído semelhante ao das suas entrevistas dominicais, se afirmasse ainda mais, embora tacitamente (e sempre negando, como mandam as regras) a sua futura candidatura presidencial. Deu até para ver Miguel Relvas regressar destacado, no que terá sido o único tiro no pé de Passos Coelho.
Decisão a sério, só uma: a designação de Paulo Rangel como cabeça de lista da "AD" às próximas europeias, e, por via do seu eficaz e incisivo discurso, desafiando António José Seguro a revelar o seu candidato, a resposta pronta, embora antes de tempo, do PS, que apresentou Francisco Assis às eleições.
Teremos dois candidatos válidos, com experiência no Parlamento Europeu, cultos, longe dos lugares-comuns político partidários, e, por coincidência, cronistas no mesmo jornal, antigos candidatos à liderança dos seus partidos contra os actuais líderes, e originários do distrito do Porto - Rangel de Gaia e Assis de Amarante. Ao menos aqui as qualidades dos políticos não podem ser postas em causa.
2 comentários:
Paulo Rangel fez um grande esforço em deixar a lata das bolachas em paz.
Parece-me que podia respeitar a sua nova imagem e deixar de usar fotos de arquivo.
Sr Metello, seja bem reaparecido. Tem razão, está desactualizada, mas um deputado europeu que se preze tem de aparentar boas cores e boa nutrição.
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