quarta-feira, maio 11, 2016

O flanco mais débil.


Claro que o Ministro da Educação está sob fogo. E não é apenas pela discussão à volta da subvenção dos colégios privados e quais as situações em que isso deve acontecer, pretexto para divisões ideológicas. Desde o início deste governo que a Educação e respectivos apêndices têm estado envolvido em casos. Tivemos o fim dos exames a meio do ano lectivo e a criação de outros, com alguma cara de pau pelo meio (e a descoberta que afinal os exames são "perniciosos" para os estudantes e que mais vale ser feliz na escola do que fazer exames, segundo a brilhante Catarina Martins). Há dias demitiu-se o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Wengorovius Menezes,  por estar "em profundo desacordo com o Ministro" e com as políticas seguidas. Tudo isso apenas fragiliza o cargo de Tiago Brandão Rodrigues, bastante periclitante desde o início. Não se percebe porquê, António Costa resolveu ir buscar um jovem académico estrangeirado que nem sequer era da área e que há anos não trabalhava em Portugal. A coisa tinha tudo para dar errado, e aparentemente, está a dar. É sabido que é pelo flanco mais débil de qualquer fortaleza ou exército que qualquer ataque tem êxito. Tiago Brandão Rodrigues, com todos os problemas a pairar (e ainda Mário Nogueira, numa altura em certamente o PCP não deixará de exercer a sua pressão), é o elo mais fraco do governo. Que o PSD e CDS ataquem por ali é perfeitamente compreensível. Estão reunidos todos os elementos para ruir um muro por aquele flanco.

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