A detenção de um dos dirigentes principais do PDR seria para rir se não envolvesse a suspeita de um homicídio. É o último caso (e seguramente o mais grave) a envolver aquela formação que mais parece uma seita evangélica feita à pressa, com o seu "bispo" tronitruante. O Partido Democrático Republicano começou, como se sabe, com a saída de Marinho "e" Pinto do Partido da Terra onde queria impôr a sua vontade demagógica, para formar "o seu" partido, convencendo pelo caminho algumas pessoas estimáveis, como Eurico de Figueiredo e Fernando Condesso. Mas as polémicas já tinham surgido, com as críticas ao salário dos eurodeputados, quando o próprio Marinho, que já fora o primeiro Bastonário da Ordem dos Advogados a ser remunerado, não renunciou a esse mesmo salário porque segundo o próprio tinha uma filha a estudar fora. Não demorou muito tempo até que Eurico de Figueiredo (que depois voltou ao MPT, como aqui se relatou), batesse com a porta, com graves acusações ao líder do PDR. Na campanha eleitoral para as legislativas, Marinho "e" Pinto voltou às denúncias à corrupção e aos "luxos dos políticos", sempre auferindo do salário de deputado ao europeu, onde os relatórios indicavam que era dos menos activos. Depois das eleições, em que não elegeu um único lugar, o balão do PDR começou a esvaziar. Há tempos, as notícias diziam que havia uma debandada geral do partido, incluindo Fernando Condesso e Sousa e Castro, mas Marinho afirmava estar meramente a "reflectir e a reorganizar o partido". A reorganização não correu bem, até porque um dos detidos de Braga se tinha alçado a um dos lugares principais do PDR. O próximo passo é, espera-se, a extinção deste ridículo partido unipessoal que conseguiu um rumo ainda mais meteórico que o do PRD de Eanes. Até porque assim poupavam-se ao estado os 170 mil euros de subvenção estadual, o único proveito que esta coisa conseguiu ganhar nas eleições.
quarta-feira, maio 18, 2016
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