Desde que tomou posse, a administração Trump já demonstrou querer "comprar" a Gronelândia, quer que o Canal do Panamá lhe seja "restituído", considera que o Canadá - uma monarquia maior que os EUA - devia ser o seu "51º estado", renomeou o Golfo do México, impôs sanções ao TPI (?) porque parece que anda a chatear o seu amigo Netanyahu e na semana passada apresentou uma das ideias mais patéticas de que há memória nas relações internacionais: a reconstrução de Gaza, sob ocupação americana e israelita, como destino turístico, por "razões humanitárias", tendo os palestinianos de ir para o Egipto e a sobrecarregada Jordânia, sem garantia de regresso. Julgava eu que deportações era mais com a Rússia, mas os árabes apressaram-se a dizer que nem pensar, pelo que a coisa não deverá seguir em frente.
sexta-feira, fevereiro 14, 2025
O descalabro trumpista
quarta-feira, fevereiro 05, 2025
Uma memória do príncipe Aga Khan
Maio de 2019, Museu Soares dos Reis, Porto. Cerimónia de apresentação do quadro "Apresentação da Virgem no Templo", de Bento Coelho da Silveira, oferecido pelo Príncipe Aga Khan (ao centro, de perfil, virado para Rui Moreira) ao museu. Um mecenas e benemérito, que escolheu Portugal como sede da sua fundação e onde acabou por morrer. Era um amigo de Portugal e mostrou como um líder religioso e espiritual muçulmano, neste caso um xiita ismaelita, pode apreciar e oferecer arte sacra de inspiração cristã. Esperemos que o seu sucessor e novo Príncipe Aga Khan lhe siga os passos.
segunda-feira, janeiro 20, 2025
A tomada de posse de Trump
Dei uma vista de olhos a um resumo de Trump na sua tomada de posse, e ao contrário do que alguns previam, está bem longe de ser agregador: a anterior presidência é "uma traição", os incêndios na Califórnia são culpa de Trump", "vamos perfurar petróleo como nunca se viu", "vamos acabar com os carros eléctricos" (menos o Tesla, aposto), "vamos deportar todos os legais" (e os que estando ilegais, já pagam contribuições e são essenciais na agricultura?), etc.
sexta-feira, janeiro 17, 2025
sexta-feira, janeiro 10, 2025
O pretexto de Camilo
Do destino de rumar ao Panteão está o autor de A Queda de Um Anjo a salvo. Por sua expressa e perpétua vontade (antes de se matar?), Camilo Castelo Branco repousa no Cemitério da Lapa, no Porto, perto da escola onde Ramalho instruiu Eça e o coração de D. Pedro está guardado, sem receio de que o venham incomodar. Não fosse isto e já teria andado em bolandas entre o Porto, Samardã, Seide e o tal Panteão de Santa Engrácia, a não ser que os descendentes e órgãos deliberativos actuais sejam de tal forma insensíveis que não hesitem em violar esta sua vontade sagrada. É pouco provável, mas não impossível, se houver quem ligue mais aos restos mortais como "património cultural da nação" do que como pessoas (s)em carne e osso.
quinta-feira, janeiro 09, 2025
Eça no Panteão
Esta coisa de ver Eça no Panteão deixa-me de pé atrás. Cerimónia muito digna e bonita, pois claro, mas é o tipo de celebração que poderia figurar n´Uma Campanha Alegre.
Coincidências
Ao contrário dos que acham que "isto está tudo ligado", ou que tudo está previsto, eu acredito nas coincidências. Plenamente. E não só acredito como tenho um fraco por elas. Fascinam-me. E esta semana houve duas curiosas.
Assim, comenta-se com entusiasmo a vitória de Fernanda Torres nos Globos de Ouro, tendo superado a própria mãe, (a superlativa) Fernanda Montenegro, que esteve nomeada para o mesmo prémio há 26 anos, mas não o ganhou (percebe-se, ganhou Cate Blanchett), por Central do Brasil, para o qual também ganharia uma nomeação para o Óscar.
A comparação é justa, mas ainda há outro elemento comum: é que tanto Central do Brasil como o novo Ainda Estou Aqui são ambos dirigidos por Walter Salles - que há meia dúzia de anos, por esta altura, esteve pessoalmente aqui no cinema Trindade para uma sessão especial dos 20 anos de Central.... E assim, mãe e filha são nomeadas e premiadas para os galardões mais conhecidos do cinema mundial pela mão do mesmo realizador. Segue-se o Óscar? Se assim for, Montenegro será novamente superada em prémios, mas que ninguém diga que não instruiu devidamente a filha.