quinta-feira, maio 29, 2014

Sobre a final


Sobre a final da Liga dos Campeões na Luz, não se pode dizer que tenha sido bem jogado, mas não faltou emoção, golos e disputa acérrima, como é próprio de um derby. Não consegui ver o primeiro e o último golo, ocupado com um jantar para amigos, entre vinhos e gins, a que o jogo veio dar atracção suplementar, mas vi  três do Real que lhe valeram la decima. Acredito que tenha sido uma desilusão para os adeptos do Atlético, sofrer um golo tão perto do céu (nós, benfiquistas, sabemos o que isso é), mas a verdade é que o Real mereceu. E os colchoneros sempre foram campeões de Espanha (curiosamente, também la decima para eles, mas decima liga nacional).


Mas o jogo serviu também para contrariar aquela célebre frase que estipula que "não devemos voltar aos lugares onde fomos felizes". Di Maria, talvez o melhor em campo, com as suas arrancadas e as suas assistências, e Fábio Coentrão formaram a ala esquerda dos merengues, anos depois de terem feito o mesmo naquele estádio, ao serviço do Benfica, na época 2009-2010. Quando alguns esquecidos voltarem com a estapafúrdia desculpa de que o Benfica ganhou o título desse ano por causa dos "túneis" e do castigo do Hulk (mais curto até do que devia), lembrem-se disto. O argentino e o português ergueram a máxima taça europeia de clubes, naquela magnífica catedral do futebol onde tinham sido felizes anos antes, contrariando definitivamente essa máxima, como é dever de todos os que se superam e reinventam as palavras.
 
 

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